ANA MULA PROJECTS
ARTES CÉNICAS
PROJECTOS
C_M_8
Interpretação
DARYA EFRAT, JANNE SCHRÖDER E SARA MONTALVÃO
Mulher num pais estrangeiro. ”Mujer” estrangeira em PT. Um manifesto sobre as adaptações e contra-adaptações às quais se enfrenta um conjunto de oito mulheres estrangeiras em processo de integração em Portugal. Criando uma secuencia de movimentos e ações que se prolongam desde o universo pessoal das interpretes. Mediante uma proliferação de medios e de planos (recursos), um projecto multidisciplinar para uma multiplicidade de opiniões.
Com tres intervenções/separadores ou A-PARTES( B, C...) entre cenas. Protagonizados por tres mulheres que, compartilhando os condicionantes desta causa, se aúnam na partilha situando o tópico em diferentes localizações geográficas.
Quando se é novo num lugar há um conjunto de sensações e inquietações muitas vezes confrontadas que condicionam a estadia duma pessoa nesse novo universo. No caso da estigmatização social nas mulheres, está é uma sensação transitoria/ que transita de mulher em mulher e de país em país como uma especie de “contra-amuleto”
PERCAMINHO
Interpretação
LEONOR GUISE CARVALHO
Uma mulher a percorrer a sua história, a qual foi minuciosamente modificadapor momentos que fazem com que o total oscile entre a aparência e o fundo e o invisível e o visivelmente exposto e dão mostra da impossibilidade da personagem de ter uma existência única, uma só percepção da realidade.
O objeto que por vezes funciona como tela de projeção (ecrã) e outras como máscara preenche o espaço com a premissa de que prevaleça a melhor versão de si própria.
AUTÓLISE
Interpretação
INÊS FILIPA FERREIRA E MANUEL A. SANTOS
Ajudado pela gravidade, o corpo caiu ao chão e morreu quase instantaneamente. O fim destas vidas, como mimetismo do seu princípio, vislumbra-se na devastação que as circunda. Assim como nos indícios de decomposição das suas peles frígidas, imunes ao contacto com qualquer coisa, desgastadas de estarem paradas.
Dois planos em dualidade, confinados a um espaço reduzido, porém exposto ao olhar do público que aguarda e observa como este casal tenta provocar o seu próprio fim, revolvendo no lixo, ao procurar infligirse uma, cada vez maior, dor pelo passado.
Criação, codireção e interpretação das seguintes peças:
Macebeth, 2007 – Juan Francisco Rós.
Criaturas, 2008 – Juan Francisco Rós.
Cluedo, 2009 – Co-Direção, Granadilla 2009.
Downtown G, 2011 – Javi Parra.
Dentro do grupo da UGR:
Fuera Dentro Fuera, Granada y Tanger 2011 – Sara Molina.
Bcktt, 2012 – Sara Molina.
Samuel Beckett en la Fundación, 2012 – Sara Molina.
Brech: Callejón sin salida, 2013 – Sara Molina.
Acción Espacio Tiempo, 2013 – Sara Molina.
Como membro del CITAC:
Noia, 2014 – Carlos Curto.
REORG, 2015 – Rodrigo Santos. Ganadora do premio FATAL 2016.
Oriental, 2016 – José Geraldo.
M de..., 2016 – Carlota Lagido. Festival Sons da Cidade, 2016.
Leitmotif IV e V, 2016 – CITAC.
Papaia Burlesca, 2016 – CITAC.
Residencias artíscias com a companhia DEMO - Dispositivo Experimental, Multidisciplinar e Orgânico:
Centenário de ORPHEU, Semana Cultural de Coimbra, 2014 – DEMO.
ORPHEU 3, Semana Cultural de Coimbra, 2015 – DEMO.
Espetáculos:
As Aventuras de Superman quando jovem, 2016 – CITAC.
5 Graus de Diferencia, 2016 – Em parecería com a Universidade de Coimbra, a Radio Universitária de Coimbra e o CITAC.
PENTESILEIA, 2016 – Paulo Lage.
Percaminho, 2017. 20º Edição da Bienal de Arte contemporáneo de Vila Nova de Cerveira.
Bienal de Vila Nova de Cerveira 2018 – Ana Mula.
Autólise, 2018 – Ana Mula. Festival SET, 2018. Festival Guimarães Noc Noc, 2018.
PUNR, 2017 – Ana Mula.
Faz - me a cama com um conto, 2017 – Ana Mula.
Vilancete das Tres Sereias, 2017– Paulo Barrosa.
Rifar o meu Co ração, 2017 – Mónica Calle.
Bunker, 2017– Maria Trabulo. Projeto apresentado com motivo das festividades do 86 aniversario do Teatro Rivoli.
Linhas de Fuga, 2018 – Circolando.
ALEDOIF, 2018 – Susana Soares. Festival Serralves em Festa, 2018.
IMATERIAL R ELIGION, 2018 – André da Fonseca.
Participou:
“Fast Forward”, 2018 – Staatsschauspiel Dresden, Alemanha.
Festival Europeu para jovens encenadores de teatro.
"SAFE Training", 2018 – Polonia. Programa internacional.
Dirigio:
“O Gigante e a Formiga”, 2019 – Opereta.
VÍDEO
ANA MULA
Ana Mula — Directora Artística
(Espanha, 1991) É mestre em Artes Cénicas com especialização em Direção Artística pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
O seu trabalho como encenadora e intérprete foca-se em investigações que abordam teatro, dança e performance. Tendo presente a importância da adaptação dos seus projetos ao contexto cultural de apresentação. Criando desenhos cénicos fortes e enunciados potentes para evitar que as imagens caiam no scroll dos ecrãs, e o discurso no vácuo das palavras que não chegam dum local reconhecível para o público. Sempre tomando consciência de quais as limitações em termos de representatividade do seu lugar de fala, mas conseguindo criar assim mesmo, caminhos e estruturas de trabalho que permitam as suas equipas aprofundarem em diversas temáticas.
Como recurso cénico mais reconhecível aposta pela incidência sobre o uso do objeto na sua relação com os performers e em como dessa pareceria surgem novas leituras, mudanças de funcionalidade em ambas entidades (objeto e pessoa).
Entre 2011 e 2014 trabalhou sob a direção de Sara Molina, realizando residências artísticas em Espanha e no estrangeiro. Em novembro de 2017 participou no Festival Europeu para jovens encenadores de teatro “Fast Forward” (Staatsschauspiel Dresden, Alemanha) e, em abril de 2018, no Programa Internacional “SAFE Training” (Polonia).
A título pessoal, conta com a criação e encenação dos espetáculos “Percaminho” (2017; 20º Edição da Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira 2018), “PUNR” (2017), “Faz-me a cama com um conto” (2017), “Autólise” (2018; Festival SET, Festival Guimarães Noc Noc e Filhos do T), e a Opereta “O Gigante e a Formiga” (2019).
Neste momento dirige o projeto “Cuecas em 8” junto com a coreografa italiana Francesca Perrucci com o que estará em residência artística em Espanha, no Centro Negra_AADK Spain, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. E está em processo de criação do projeto “Fondo” em co-direção com o encenador João Cravo Cardoso e a artista visual Carolina Martins.